A reconstrução

Bom como uma de minhas ultimas postagens nesse blog foi sobre o terremoto que causou a destruição do Haiti, nada mais justo do que dois anos após a tragédia eu voltar aqui para lhes falar de como esta sendo recuperação deste país.
Os 35 segundos de tremor de terra deixaram centenas de milhares de mortos e 1,2 milhão de desabrigados, segundo dados da OIM* um terço da população que foi deslocada após o terremoto, cerca de 500 mil haitianos ainda vivem em acampamentos.
Esse ano (2012) aproximadamente 200 famílias deixaram o acampamento para morar nas Unidades de construção de Alojamentos e Edifícios Públicos.
Nesse mesmo ano também foram mandados de volta ao Haiti 8 haitianos que estavam sendo capacitados pelo Programa de Capacitação para Jovens de Países em Reconstrução, localizado em Belo Horizonte. Eles e mais 15 conterrâneos chegaram ao Brasil no fim de 2007 para fazer cursos de graduação. Por meio desse programa os alunos recebem capacitação sem custos em Administração, Arquitetura, Biomedicina, Engenharia, Fisioterapia e Nutrição. A missão deles agora será de reorganização e reconstrução do país de origem.
Em janeiro, o governo brasileiro decidiu regularizar cerca de 4 mil haitianos que já estão no Brasil e criou um visto especial de permanência, que não exige a comprovação de vínculo empregatício no Brasil antes da vinda para o país. As novas regras poderão beneficiar 1,2 mil haitianos por ano.
O Brasil tem apoiado o país de diversas formas e tem ganhado o papel de protagonista no quesito de ajuda, ainda no mês de Janeiro a presidente Dilma Rousseff foi em Porto Príncipe, no Haiti, para intensificar a cooperação brasileira nas áreas de saúde e em parceria com os cubanos construir a usina hidrelétrica no Rio Artibonite, no Sul do país, a 60 quilômetros da capital haitiana.
Depois de pronta a Hidrelétrica será o principal símbolo de apoio do Brasil no desenvolvimento do Haiti.
O Brasil também ajuda a cuidar da segurança interna do país, que tem os índices de violência e desemprego elevados, por isso vem sofrendo com as ações de grupos organizados, denominados de ‘ gangues urbanas’. Uma das tarefas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti , formada por militares brasileiros e de outras nacionalidades, foi atenuar o poder desses grupos, e agora a presidente Dilma anunciou que pretende fazer uma redução do contingente de militares brasileiros no país de 2,2 mil para 1,9 mil homens. O Brasil comanda a Missão da Organização das Nações Unidas ( conhecida como Minustah, criada em 2004). A mudança, segundo Dilma, faz parte de uma nova estratégia de segurança para o Haiti.

Com menos de um ano no cargo, o presidente do Haiti, Martelly vive um momento delicado, não tem o apoio da maioria no Parlamento e tenta consolidar-se por meio do anúncio de ações isoladas. E o histórico político de instabilidade e tensões cria um ambiente de apreensão, as perdas em termos materiais e de infraestrutura equivalem a 120% do valor do Produto Interno Bruto (PIB) haitiano.
E é assim que está a situação atual do Haiti, sem muitas mudanças após o terremoto, eles continuam lutando para se reerguer.


Segue legenda:
OIM – Organización Internacional para las Migraciones